Jorge Gonzales Sanchez - Pesquisador Mexicano
Pesquisadores da Universidade Nacional Autônoma do México e Metodista de São Paulo estão em visita pelo sertão piauiense, conhecendo de perto a realidade de pequenas cidades atingidas pela seca e os projetos desenvolvidos a partir do cooperativismo para superar a situação de miséria.
A viagem faz parte de uma pesquisa desenvolvida pelos professores Jorge Gonzales Sanchez, Mónica Carles (México), Cícilia Peruzzo (São Paulo) e um grupo de outros pesquisadores, onde averiguam as semelhanças entre o semi-árido mexicano e piauiense, estudando as ações implementadas em cada uma das situações, e partilhando as experiências que já obtiveram sucesso.
Cicília Peruzzo - Pesquisadora da Metodista - SP
Os pesquisadores chegaram ao Piauí no dia 11 de outubro, e permanecem até este sábado, nesse período visitaram as cidades de Oeiras, Simplício Mendes, Conceição do Canindé, São Francisco de Assis do Piauí, Queimada Nova, Lagoa do Barro do Piauí, Acauã, Paulistana, Patos, Jaicós e Picos, onde estão participando do 1º Colóquio Internacional de Cibercultur@, desenvolvido pela Instituição de Ensino Superior Raimundo Sá - IESRSA.
Segundo o professor PHD Jorge Gonzales Sanchez, o termo Cibercultur@ (com o símbolo arroba no final) tem duas atribuições, a primeira é Cibercultur@ como objeto de estudo, onde os pesquisadores investigam como a sociedade se relaciona com as tecnologias mais avançadas, especialmente digitais, mediadas pelo computador. A outra perspectiva deste conceito coloca a Cibercultur@ como uma forma de desenvolvimento social, permitindo desenvolver criativamente agentes comuns à sua própria cultura de informação, cultura de comunicação e desenvolvimento, possibilitando a construção de redes de relações sociais, onde haja o intercâmbio dessas informações.
"Toda forma de conhecimento é uma forma de transformação, porque ajuda a romper círculos viciosos em nossa vida. Quando não temos conhecimento estamos condenados a repetir as discriminações, os erros, as falas e os discursos que nos fazem escravos não auto-determinantes, mas hetero-determinados, algum poder decide o que devemos fazer, por isso o conhecimento sempre será a palavra revolucionária", afirma o pesquisador.
O objetivo dessa pesquisa é estudar, e se possível formar grupos de conhecimento nas comunidades emergentes, a partir de pessoas comuns, que não estão na universidade, inclusive analfabetos, sendo possivelmente desenvolver seus próprios sistemas de informação e conhecimento local sobre um problema muito concreto, seja a seca, a fome, migração, prostituição, saúde pública, gravidez na adolescência, suicídios, e estudar esse problemas gerando fazendo com que estas comunidades criem redes de partilha com outras comunidades distantes territorialmente, transformando o conhecimento local em conhecimento situado através do diálogo e troca de experiência.
Do Piauí os pesquisadores retornam para São Paulo, em seguida viajam para o Rio Grande do Sul, quando levam essas informações para professores da PUC e outras universidades.
Lana Krisna - Pascom
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