A Visita Pastoral Missionária foi realizada entre os dias 16 e 22 de agosto, reuniu mais de 100 missionário durante a semana visita às residências e comunidades rurais das cidades de Fronteiras, São Julião e Caldeirão Grande.
O Relatório é o resultado da análise da realidade encontrada pelos missionários e as sementes de esperança lá encontradas.
RELATÓRIO DA VISITA PASTORAL MISSIONÁRIA NA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO - FRONTEIRAS (PI)
Fronteiras, 16 a 22 de Agosto de 2010.
Fronteiras, 16 a 22 de Agosto de 2010.
A Visita Pastoral Missionária foi realizada num clima de muita alegria, disponibilidade e compromisso com a Fé Cristã. Foi uma experiência fascinante nas nossas vidas, poder sentir a confiança que os paroquianos mais carentes e solitários depositaram em nós, relatando seus problemas, suas aflições, compartilhando conosco suas vitórias, seus sonhos, seus anseios, suas experiências de vida, quase sempre vidas sofridas, verdadeiros heróis e heroínas!
Foi realizada nos dias 16 e 17 de agosto em São Julião, nos dias 18 e 19 em Caldeirão Grande e de 20 a 22 em Fronteiras.
A convite de dom Plínio José Luz da Silva, Bispo da Diocese de Picos, padres, religiosas, seminaristas, leigos e leigas, secretária da Cúria Diocesana, secretárias das Paróquias de Nossa Senhora da Conceição, em Bocaina, São Simão, em Simões, Imaculado Coração de Maria, em Francisco Santos e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Fronteiras. Participaram também missionários da Paróquia Nossa Senhora dos Humildes e dos estados da Bahia e Ceará. Foi um verdadeiro mutirão de missão evangelizadora, buscando a integração e motivação da caminhada das comunidades visitadas.
Foi encantador e comovente o testemunho da ação missionária contínua do pároco, Pe. Antônio Mendes Neto. Não mediu esforços para fazer acontecer, em toda Paróquia, a Visita Pastoral Missionária, com experiência, determinação e serenidade.
A alegria pelo acolhimento humanizado é indescritível. O município de São Julião acolheu com faixas, carros de som e agentes de pastorais: Dízimo, Apostolado da Oração, Pastoral da Pessoa Idosa, Pastoral da Criança, Ministros da Eucaristia, Membros do Conselho, Amigos do Seminário e Comunidade. Momento forte! Em Caldeirão Grande, não foi diferente, uma acolhida bela e cativante. Na entrada da cidade fomos recebidos com faixas, carros de som, agentes de pastorais: Dízimo, Apostolado da Oração, Pastoral da Pessoa Idosa, Amigos do Seminário, Estudantes, Professores e Comunidade em Geral. Juntos percorreram as ruas da cidade com destino à igreja local, foi emocionante, quanto afeto!
Vale ressaltar que as famílias dos três municípios visitados nos acolheram com gesto de amor, amizade, ternura e bastante zelo. As famílias abriram suas casas com mesas fartas e leitos aconchegantes. A partilha de vários paroquianos foi evidente e com satisfação, pudemos notar.
Convivendo com várias adversidades, é um povo de fé profunda que luta com força pela sobrevivência e que brota muita esperança dos que confiam em Deus, alegra, anima, e dá vigor à vida daquela gente humilde- gente grande e batalhadora em busca do Reino de Deus.
O povo de Deus respondeu ao chamado participando ativamente dos momentos celebrativos, das visitas domiciliares, das reuniões, caminhadas, enfim, de todas as manifestações da evangelização.
Como desafio pastoral, constatamos a insuficiência na quantidade de lideranças que atendam às comunidades. A formação de pastoral organizada ainda é muito tímida, se faz necessário a implementação das pastorais existentes e a implantação das demais. A falta de valorização dos sacramentos é ampla e preocupante. Muitas famílias vivem unidas através de um contrato, aumentando, portanto, a fragmentação familiar. As Pastorais Sociais também são uma preocupação, há a necessidade de organizá-las e com isso fortalecer os grupos comunitários. Além disso, percebemos a necessidade de espaço físico para realização das atividades religiosas e sociais em algumas comunidades rurais.
No tocante às políticas públicas observamos as suas fragilidades e a inexistência em alguns locais. No setor educacional, encontramos escolas fechadas, escolas com a estrutura física inadequada e mal cuidada, e criança e adolescentes fora da escola. Percebemos também a necessidade de investimento na formação contínua do corpo docente e a necessidade emergencial de integração: Escola, Família e Comunidade.
A área da saúde é desafiante. Os sinais são visíveis de uma saúde pública básica aquém das necessidades da população. A ESF/ Estratégia de Saúde da Família, não está conseguindo as resoluções para minimizar o estado de dor e sofrimento dessa gente. Claramente vimos que as equipes de saúde local não estão assistindo com regularidade, inclusive deixando de realizar as vistas domiciliares aos idosos, pessoas com dificuldade para andar e aos acamados, bem como, a assistência à saúde na zona rural é bastante precária e insuficiente. As unidades básicas de saúde na zona rural estão deterioradas e algumas fechadas.
A automedicação é uma prática rotineira por parte da população. A realização do aborto é um grande problema de saúde pública e vai contra os princípios éticos e morais assumidos pela Igreja Católica, no que diz respeito à defesa da vida desde a sua gestação até a morte natural.
O povo de Deus respondeu ao chamado participando ativamente dos momentos celebrativos, das visitas domiciliares, das reuniões, caminhadas, enfim, de todas as manifestações da evangelização.
Como desafio pastoral, constatamos a insuficiência na quantidade de lideranças que atendam às comunidades. A formação de pastoral organizada ainda é muito tímida, se faz necessário a implementação das pastorais existentes e a implantação das demais. A falta de valorização dos sacramentos é ampla e preocupante. Muitas famílias vivem unidas através de um contrato, aumentando, portanto, a fragmentação familiar. As Pastorais Sociais também são uma preocupação, há a necessidade de organizá-las e com isso fortalecer os grupos comunitários. Além disso, percebemos a necessidade de espaço físico para realização das atividades religiosas e sociais em algumas comunidades rurais.
No tocante às políticas públicas observamos as suas fragilidades e a inexistência em alguns locais. No setor educacional, encontramos escolas fechadas, escolas com a estrutura física inadequada e mal cuidada, e criança e adolescentes fora da escola. Percebemos também a necessidade de investimento na formação contínua do corpo docente e a necessidade emergencial de integração: Escola, Família e Comunidade.
A área da saúde é desafiante. Os sinais são visíveis de uma saúde pública básica aquém das necessidades da população. A ESF/ Estratégia de Saúde da Família, não está conseguindo as resoluções para minimizar o estado de dor e sofrimento dessa gente. Claramente vimos que as equipes de saúde local não estão assistindo com regularidade, inclusive deixando de realizar as vistas domiciliares aos idosos, pessoas com dificuldade para andar e aos acamados, bem como, a assistência à saúde na zona rural é bastante precária e insuficiente. As unidades básicas de saúde na zona rural estão deterioradas e algumas fechadas.
A automedicação é uma prática rotineira por parte da população. A realização do aborto é um grande problema de saúde pública e vai contra os princípios éticos e morais assumidos pela Igreja Católica, no que diz respeito à defesa da vida desde a sua gestação até a morte natural.
A carência da assistência das ações de fisioterapia, no domicílio, aos idosos e acamados como forma de minimizar suas dores e favorecer a reabilitação é significativa.
A inexistência de água potável, fossas sépticas, energia elétrica e melhoria habitacional em algumas comunidades geram um ciclo de agravos à população.
As doenças prevalentes são hipertensão arterial sistêmica, diabetes melitus, desnutrição, verminose, IRA-Infecção Respiratória Aguda e transtornos mentais.
É evidente a necessidade de normatização para referência e contra-referência para os procedimentos de saúde.
O controle social dos municípios visitados, através dos conselhos municipais de saúde, é de caráter precário. Não responde às necessidades.
Na agricultura há o enfrentamento da ausência do Seguro Safra em Caldeirão Grande. Problemática já resolvida para 2011.
O acesso às comunidades é desafiante em virtude da insistência de estradas e má conservação.
Algumas pessoas idosas são surpreendida com os empréstimos financeiros tirando a sua tranqüilidade e gerando uma série de dificuldades que interferem o suprimento das suas necessidades básicas.
A vida está acima de qualquer lei, de qualquer partido político.
Os dados apresentados neste documento são frutos de uma partilha socializada com todos os missionários que evangelizaram nesta semana, durante a visita pastoral missionária tanto na zona urbana, quanto na zona rural dos três municípios visitados com o desejo de sensibilizar todo povo de Deus para enfrentar as realidades adversas, inquietantes, em busca de uma transformação social e uma Igreja em estado permanente de missão, alegremente acreditamos que estamos contribuindo para a reflexão do momento.
A esperança nos faz acreditar na junção de esforços de todas as famílias, das comunidades, da sociedade e do poder público, que juntos construiremos um mundo mais justo, mais fraterno e com uma cultura de paz.
Ao tempo em que trabalhamos famílias, grupos organizados, poder público, enfim, toda comunidade através dos meios de comunicação, ficamos felizes, mais uma vez por ter a certeza que Deus existe e que está sempre ao nosso lado.
A inexistência de água potável, fossas sépticas, energia elétrica e melhoria habitacional em algumas comunidades geram um ciclo de agravos à população.
As doenças prevalentes são hipertensão arterial sistêmica, diabetes melitus, desnutrição, verminose, IRA-Infecção Respiratória Aguda e transtornos mentais.
É evidente a necessidade de normatização para referência e contra-referência para os procedimentos de saúde.
O controle social dos municípios visitados, através dos conselhos municipais de saúde, é de caráter precário. Não responde às necessidades.
Na agricultura há o enfrentamento da ausência do Seguro Safra em Caldeirão Grande. Problemática já resolvida para 2011.
O acesso às comunidades é desafiante em virtude da insistência de estradas e má conservação.
Algumas pessoas idosas são surpreendida com os empréstimos financeiros tirando a sua tranqüilidade e gerando uma série de dificuldades que interferem o suprimento das suas necessidades básicas.
A vida está acima de qualquer lei, de qualquer partido político.
Os dados apresentados neste documento são frutos de uma partilha socializada com todos os missionários que evangelizaram nesta semana, durante a visita pastoral missionária tanto na zona urbana, quanto na zona rural dos três municípios visitados com o desejo de sensibilizar todo povo de Deus para enfrentar as realidades adversas, inquietantes, em busca de uma transformação social e uma Igreja em estado permanente de missão, alegremente acreditamos que estamos contribuindo para a reflexão do momento.
A esperança nos faz acreditar na junção de esforços de todas as famílias, das comunidades, da sociedade e do poder público, que juntos construiremos um mundo mais justo, mais fraterno e com uma cultura de paz.
Ao tempo em que trabalhamos famílias, grupos organizados, poder público, enfim, toda comunidade através dos meios de comunicação, ficamos felizes, mais uma vez por ter a certeza que Deus existe e que está sempre ao nosso lado.
Afirmamos que este representa a realidade vigente na Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro onde foi realizada a Visita Pastoral Missionária.
Fronteiras, 22 de agosto de 2010
Dom Plínio José Luz da Silva
Bispo Diocesano
Bispo Diocesano
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