A Romaria da Terra e da Água é um dos maiores eventos católicos do estado e vem reunindo milhares de pessoas para refletir sobre os problemas que afetam a sociedade piauiense. Em Campo Maior, um dos focos será o Açude Grande, que sofre com a poluição e desrespeito aos seus aspectos naturais, tirando a vida daquele que por aproximadamente 40 anos saciou a sede dos campo-maiorenses.
A programação tem início com a chegada e acolhida dos romeiros entre às 8h e 12h do sábado, dia 30 de julho. Às 14h acontecem os seminários temáticos nas paróquias Catedral, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora das Mercês, São Pedro Nolasco, Nossa Senhora das Dores e Santa Luzia. Às 16h todos participam da Espiritualidade, em seguida haverá o lanche e saída dos romeiros em direção ao Açude Grande, para o Abraço do Açude. Às 19h acontece a Tribuna Livre e depois o Show com Zé Vicente. No domingo todos participam da Celebração Eucarística às 5h, em seguida o envio dos romeiros.
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No Piauí, apenas duas de cinco pessoas têm acesso à água canalizada. Contrário a isso, estima-se que o desperdício de água em Teresina seja superior a 20%.
O eucalipto consome grande quantidade e água para se desenvolver, aproximadamente 30 litros por dia, e por isso provoca secamento do solo, diminui os mananciais e aumenta a possibilidade de desertificação dessas regiões.
Enquanto 41% da população piauiense ainda é afetada pela fome, a Suzano já possui 160 mil hectares, (1,57% das terras piauienses), transformadas em "florestas" de eucalipto.
O crescimento desordenado tem provocado o aumento do assoreamento do Rio Parnaíba. Ambientalistas afirmam que, se as coroas continuarem crescendo, o rio poderá desaparecer em 30 anos.
Só no início de 2010, mais de 155 municípios declararam estado de emergência em conseqüência da seca, alguns deles tiveram a safra comprometida em 90% por falta de água.
Praticamente não existe no Piauí uma política de Regularização Fundiária. Grande parte das propriedades rurais está nas mãos de latifundiários ou de grandes empresas e não há iniciativas de titulação das áreas para os trabalhadores que detêm posse da terra, tão pouco maior esforço para executar projetos de assentamentos em conjunto com o INCRA.
O estado omitiu-se na promoção da agricultura familiar no tocante à medicina alternativa e na criação de programas específicos para a saúde dos trabalhadores rurais.
Em 2007 e 2008 o Estado do Piauí resgatou mais de 1.300 trabalhadores mantidos em condições análogas ao trabalho escravo, mas continua ocupando o 5º lugar no ranking nacional em exportação de mão-de-obra escrava.
A expansão da fronteira agrícola deu contornos mais trágicos à exploração de mão-de-obra rural no Piauí. Desde então, o estado começou a registrar ocorrência de trabalho escravo em seu território em vez de ser apenas exportados dessa mão-de-obra.
As empresas estrangeiras como a Bunge, Bayer e Suzano Papel e Celulose têm causado a degradação ambiental em dimensões desastrosas, contaminando os recursos hídricos superficiais e subterrâneos, destruindo a biodiversidade e provocando assim profundas mudanças climáticas, são isentas das obrigações fiscais no nosso Estado.
Lana Krisna - Pacom
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